O vento suão corre raso e de bafo quente. Aperta-nos o corpo dificultando a respiração. Prende-nos os passos na terra seca, árida como a esperança de quem perdeu a força para caminhar. O vento suão nasce na terra dos desertos, em tempestades de areia que escondem as casas baixas e desabrigadas. Que mancham de pó as vestes leves dos magrebinos. E depois, passa o estreito, toma goles de água salgada pelo caminho e vem morrer nos nossos corpos cansados e agastados. Um bafo seco, quente e asfixiante leva as nossas figuras ao chão. Sem forças, lentamente. E no sufoco desejamos uma brisa... uma corrente de ar fresco que nos renove o vigor.
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