18 de março de 2009

Pensamentos

Ontem à noite estava sentado num largo esvaziado pela madrugada, numa pequena vila costeira. À minha volta ouvia risos e gargalhadas. Conversas fúteis e disparatadas. Mas os meus pensamentos eram como o largo da vila: amplos e abertos, ligados ao mundo por duas estradas alinhadas por árvores e iluminação religioso-profana. Tenho a sensação que quiseram falar comigo, que me quiseram provocar com a circunstância das conversas. Não lhes respondi. Preferi o silêncio dos meus pensamentos, a tranquilidade do teu rosto junto à fonte iluminada que jorrava água. O meu telemóvel tocou. Já era tarde para esperar algum telefonema ou mensagem. Desinteressadamente retirei-o do bolso e surpreendi-me com as tuas palavras. Os meus olhos brilharam. Brilharam tanto que se apagou o encanto da fonte no centro do largo.

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