Levas no peito, a cada instante, o alimento mais impoluto. Acendes no teu olhar cansado fulgores de esperança. Seguras nas mãos pétalas frescas de confiança. E sobre o teu colo versam os gestos primários de uma criança. E tantas vezes te sinto perdida no meio de tanta coragem. E tantas vezes sou insuficiente para te acudir. E tantas vezes me reconstruo na tua imagem. A natureza fez dos homens impotentes. Incapazes de partilhar o brilho natural do encanto maternal. Rudes e insensíveis crentes. Agitadores do património paternal. Oh, meu amor! Mulher de rosto descansado, de colo reconfortante, corpo duro e apertado, alma vertical onde a vida se prolonga, deixa-me ser como tu, deixa-me ir por onde vais, como vais, na noite que se alonga. Leva-me no encanto do teu olhar, por onde vais. Dá-me o ensejo dos pressentimentos; usa-me como não se usam os pais. Eu vou: por ti, por ele, por mim… pelos teus merecimentos.
Que linda declaração de amor... fiquei emocionada. É até triste dizer isso, mas sinto que os pais não tem a mesma profundidade do amor maternal... É clichê, mas é o mais puro, incondicional, nunca amei assim na minha vida, sem querer nada em troca...!
ResponderEliminarMuito bom amigo!
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