27 de setembro de 2007

FESTIVAL DO AMOR

O Festival do Amor regressa pela segunda vez. Agrada-me a ideia. Elogio o conceito. Admiro a pretensão de inovar.
Este é talvez - e aqui o talvez é redondo - o único acontecimento que evoca a figura de Mariana Alcoforado. Pode, para os mais distraidos ou para os arautos da desgraça, passar desapercebida a figura de Mariana, mas não deixa de ser relevante que uma das poucas figuras históricas e com interesse cultural mundialmente conhecida e natural de Beja tenha tão insignificante importância aos olhos de quem tem a função de cuidar destas coisas. Não é possível continuar a desperdiçar tal património.
Mas ainda bem que da origem privada nasce o projecto e o arrojo para não deixar cair no esquecimento a figura de Mariana Alcoforado. E com base nesta figura adapta-se o Amor aos tempos de hoje. Os temas podem ser discutíveis. Mas a ideia e o esforço devem ser elogiados. Sem reservas.
Esta tarde caminhava pela rua e assisti à conversa entre duas raparigas adolescentes. Enquanto uma perguntava o que era o Festival do Amor, a outra respondeu-lhe explicando-lhe que se inspirava em Mariana Alcoforado... E pareceu a explicação no caminho certo. Se um sucesso se atribui à organização deste evento é sem dúvida o de nos trazer às conversas e ao esclarecimento dos mais jovens quem foi Mariana Alcoforado.
E para que se conste o Festival do Amor tem o cuidado - penso que intencional - de inundar o centro da cidade de actividade. Noutra imagem: pessoas.
Mas como é do senso comum é mais fácil elogiar o que está para lá da nossa porta.

1 comentário:

  1. Também elogio a iniciativa. Fui e gostei! As iniciativas eram muitas e para todos os gostos...foi pena S.Pedro não ter sido avisado que o Festival do Amor em Beja era este fim-de-semana!!
    De qualquer forma sugiro mais e mais festivais!
    A nossa cidade precisa de vida para ser vivida.
    bjs

    ResponderEliminar