18 de outubro de 2008

Vigilia

Cresce a ansiedade. As noites passo-as na espera de um momento. O tempo certo chega lentamente, e eu aguardo. Tu aguardas. Aguardamos enquanto distraímos a agitação dos nossos corações. Agora pesam as dúvidas sobre o género. E no segredo um do outro ansiamos pelo primeiro encontro: os gestos; os olhares; as expressões que desejamos conhecer com prontidão.

Está quase. Quase… E no fundo que importa o género? De que serve sofrer por antecipação, se esse sofrimento retirar o brilho de um acontecimento único?

Aguardemos. Ainda que ansiosos. Aguardemos pelo tempo certo.

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