na rua os seus olhos brilham como se fossem o sol escondido na neblina. prende o olhar nos detalhes. sorri às pessoas e admira as árvores que agitam os ramos na manhã fria. percorre com entusiasmo a cidade, acenando às casas. provoca os meus risos. aperta-me em abraços e beijos de contentamento. desconhece ainda a realidade. e talvez por isso se deslumbre tanto à medida que seguimos o caminho entre os plátanos. (um dia irei falar-lhe dos plátanos!). e da cidade. quero tanto que a sinta como a sinto. que a adore de paixão. que a ame com loucura. não sei se a escolherá, nem o influenciarei, julgo. desejo apenas que a conheça. que nela construa sonhos e que a tenha como um iman. hoje sei que a quer. por deslumbramento, por curiosidade. e pelo fascinio dos horizontes amplos que a rodeiam.
(O António Maria e Beja)
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