Do outro lado da rua passeia uma jovem poetisa. Tento acompanhar-lhe a passada. Observo os seus olhos verdes e grandes que admiram o mundo em pormenor. Que descrevem flores e pássaros, mágoas e amores. O seu caminho fá-lo na dúvida dos seus passos, com a timidez própria de quem se segura nas palavras e delas fizesse uma âncora.
Aceno-lhe com a intenção de a convidar para este lado da rua onde o passeio embora mais estreito é regular. Daqui podemos ver os outros e deixamos que os outros nos vejam sem que nos incomodem os seus olhares.
A tarde chega ao fim. No início da noite brinda-me com um sorriso em forma de poema. Suspiro fundo com cada estrofe. Sigo as imagens que me deixa gravadas na memória fresca como se fossem um mapa que descrevera por palavras. Reconheço os caminhos e os gestos, identifico as palavras e as cores. Inalo os cheiros das metáforas e quando dou por mim sinto que já não respiro. E ainda assim vivo, porque me alimenta na pureza da sua poesia.
Do outro lado da rua passeava uma poetisa. Hoje senti-a a meu lado. Maior que tudo o que poderia desejar conhecer.
Aceno-lhe com a intenção de a convidar para este lado da rua onde o passeio embora mais estreito é regular. Daqui podemos ver os outros e deixamos que os outros nos vejam sem que nos incomodem os seus olhares.
A tarde chega ao fim. No início da noite brinda-me com um sorriso em forma de poema. Suspiro fundo com cada estrofe. Sigo as imagens que me deixa gravadas na memória fresca como se fossem um mapa que descrevera por palavras. Reconheço os caminhos e os gestos, identifico as palavras e as cores. Inalo os cheiros das metáforas e quando dou por mim sinto que já não respiro. E ainda assim vivo, porque me alimenta na pureza da sua poesia.
Do outro lado da rua passeava uma poetisa. Hoje senti-a a meu lado. Maior que tudo o que poderia desejar conhecer.
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