30 de abril de 2008

Quis o destino

quis o destino levar-me ao engano
num fim de tarde incerto pelas planícies
segui o canto das searas já crescidas
num silêncio fundo e profano

os caminhos esses fi-los em jeito de despedidas
sem abraços ou beijos sem palavras incómodas
voltarei um dia mais tarde quando o passar um ano

11 de abril de 2008

Também eu

também eu sinto e desejo
também eu preciso e quero
também eu percebo e vejo
a noite que se encerra no inverno

8 de abril de 2008

Cantiga de Abril

Amar,
enquanto sigo o canto das aves
e baloiço com as folhagens frescas

Amar,
porquanto o meu ser vive do teu
e os teus lábios matam a sede aos meus

Amar,
entre os riscos do horizonte
onde sonho os dias depois de hoje

Amar,
com as mãos apertando a vida
e os pés firmes na terra fértil

Amar-te,
porquanto o meu coração se torna refém do amor