21 de agosto de 2009

Antes de ti

antes de ti desconhecia o amor
as palavras vazias ocupavam os espaços dos sentidos
como se fossem uma constelação de estrelas sobre o deserto
as mãos caídas em redor do meu corpo
eram inúteis e frágeis como a esperança do incerto
antes de ti o sabor dos meus lábios eram áridos cerros
que ignoravam a frescura da paixão.

antes de ti nada ou quase nada existia. nem eu.
e temo regressar ao estádio etéreo que a tua ausência provoca.

5 de agosto de 2009

Poema sobre qualquer coisa mais

Inebriam-me os olhares leves e discretos que escondem a planície e esse sorriso que inunda os desertos onde brotam rosas vermelhas, encarnadas, da cor do sangue, no tom aceso da paixão. Encantam-me as tuas formas adolescentes que rasgam os campos como beijos. E cada aperto do meu coração se ergue como desejos, desejo de ti, da tua boca, da tua pele. Espero-te. Aguardo um novo olhar, um abraço que nos enlace como se fosse esperança e qualquer coisa mais.