4 de junho de 2008

Declaração desesperada

Farei do meu corpo o som de cada palavra.Matarei nos meus passos cada frase feita de imperfeitas metáforas, e ao olhar para ti renascerei do pó denso que cobre as lombadas dos livros. Gritarei até à mais distante constelação para que se escute o som da esperança.E as mãos, transformá-las-ei em cinza para te desenhar nas impolutas partículas de ar. Acordarei no vermelho matinal das papoilas que profanam as planícies. Escalarei cerros e montanhas com a força do desejo de te ter para sempre.

2 comentários:

  1. nossa que demais! de onde vem tanta inspiração para estes textos?

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  2. Poucas linhas. Muita emoção. Muita profundidade.
    Gostei imenso.
    Parabens.

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