16 de janeiro de 2011

Regresso ao teu corpo

regressei à cidade com o crepúsculo a apertar-lhe a silhueta. a estrada de regresso era ladeada de campos orvalhados onde o verde raso dará vida às searas ondulantes. e das searas nascerão sementes e pão. ao entrar na cidade reparei nas primeiras casas, apertadas, encostadas umas às outras, querendo ir até ao céu, timidamente. uma neblina leve descaia como um véu contornando os candeeiros das ruas. segui o caminho de casa. o caminho até ti. vi nos campos um horizonte de utopias. senti no aroma humido da terra o desejo de te ter. quero enebriar-me no teu corpo. percorre-lo demoradamente. insistentemente. quero tanto. desfalecer de cansaço sobre ti. e regressar ao teu corpo quando a manhã desenhar outro dia.

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