17 de agosto de 2013

POEMA NOTURNO AO MEU AMOR

ao sul a noite alonga-se como a planície. o silêncio aperta ainda mais a escuridão onde repousam as papoilas. e tu, triste no rosto e sofrida no coração, ignoras aquilo que a natureza já sabe: há sempre o alvorecer, um novo dia, um recomeço que se repete e faz esquecer as mágoas noturnas. também eu sei disso agora. quando me apercebo dos diferentes tons que encantam o céu estrelado. como me encanta desejar-te eternamente. e aguardo que amanheça. que tudo se reconstrua. e que ergas novamente o teu sorriso. que o teu corpo siga o exemplo das papoilas. ainda que a noite não seja sempre escuridão desejo-te o dia inteiro, claro e fresco: a manhã, a tarde e o crepúsculo. um outro crepúsculo. a cair sobre a planície como se fosse um manto de paz.

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