3 de novembro de 2010

às vezes penso em ti. sim, de quando em vez, muito espaçadamente. não é coisa boa nem coisa má. são pensamentos soltos e bassos. porque me fizeste acreditar que nem lembrar faz sentido. para além de me convenceres que nem amor existe. e quase que conseguiste. mas penso em ti, como dizia, espaçadamente. uma imagem aqui, outra preocupação acolá e muita curiosidade. depois o pensamento vai-se ainda mais ligeiro. passageiro, é como se diz. e quando percorro as ruas abertas e largas já não olho ao topo dos edificios na esperança de te rever. nem confundo as árvores da cidade com as do campo. as ruas são todas iguais desde que me levem ao centro do largo. lembras-te, do largo, o centro do mundo, que fantasiamos uma ou outra vez? agora é outro largo e mais central, mais, como dizer, mais largo, mais pessoal e infinito como a esperança. e as árvores são as árvores, as do campo, claro. perfumadas e coloridas, desalinhadas. porque a natureza não alinha. e são resistentes, sabes?

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