29 de outubro de 2007

Um retrato teu num bolso apertado junto ao peito

Guardo um retrato teu num bolso apertado junto ao peito. A tua imagem passeia comigo para todo o lado para onde vá. Não sei se deva temer a perda ou se deva sugerir um amor eterno. Nem sempre os sentimentos vêm ao encontro da razão ou esta nem sempre abdica perante os sentimentos. Mas o que importará, se guardo um retrato teu num bolso apertado junto ao peito?...
Hoje sei da distância amarga, da lonjura que nos afasta os olhares e nos gela os corações. Hoje sei das dúvidas que te assaltam e que me roubam o sono, das horas fundas que escurecem o meu olhar. Hoje sei de ti porque descobri sobre mim o infinito desejo de te amar.
E para que amanhã não me esqueça, para que não me resigne, para que nos dias que ainda vêm, é suposto virem, o teu rosto me acompanhe no eterno lugar perfeito do amor, guardo um retrato teu num bolso apertado junto ao peito.

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