24 de agosto de 2007

Apenas um Adeus...

Recebo as suas palavras definitivas anunciando o fim. Sinto que não dizem tudo o que sente. Apenas um Adeus. O Adeus que temia ouvir.
Decido ficar em silêncio... Emudeço os sentimentos que se revoltam no meu corpo. Cubro a face para que não se apercebam que estou diferente, doído, magoado, ferido na morte da despedida...
Releio o que me escreveu no desespero de uma ténue esperança de que um outro sentido possa alterar o rumo dos acontecimentos. Releio até à exaustão, compreendendo por fim que as águas se separaram em leitos distintos. Apetece-me dizer-lhe com voz meiga e serena "Fica!" - mas temo o confronto, temo escutar os seus argumentos, temo conhecer as suas amarguras. Mas não aceito que me diga Adeus! Não me resigno ao silêncio. Não abdico deste Amor!
A partir de hoje o que tenho é muito menos. Serei menos do que se possa esperar. Uma parte de mim desfaz-se num sublime lugar que desconheço...

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