17 de agosto de 2007

Não

Recordo-me de uma tarde junto ao mar em que uma brisa, mais áspera que o habitual, se desfazia nos nossos corpos quentes. Veio à memória desses dias os seus olhos brilhantes que ofuscavam o sol e os nossos corpos inquietantes que desejavam o areal como se fosse o mais amplo leito para que o amor repousasse. Lembro-me, na frente limpida das lembranças, de um beijo timido e de abraços disfarçados, das mãos que se tocavam à distância. Lembro-me do segredo, da inquietação sobre os olhares dos outros. Recordo-me da intranquilidade que morria em cada beijo.
Lembro-me, Recordo-me de tudo e não quero regressar a esses pensamentos. Não quero voltar a esse lugar incómodo!

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